Novas Regras de Financiamento Habitacional: Mais Crédito e Facilidade para Comprar o Seu Imóvel
O mercado imobiliário brasileiro acaba de ganhar um impulso importante. A Caixa Econômica Federal anunciou um pacote de medidas que promete ampliar o acesso ao crédito habitacional e facilitar a compra da casa própria. As novas regras passam a valer a partir do dia 13 de outubro e devem injetar cerca de R$ 40 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) nos próximos dois anos.
O que muda no financiamento habitacional?
Entre as principais mudanças está o aumento do teto do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que passa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Isso significa que imóveis com valores mais altos agora poderão ser financiados dentro das condições do SFH, o que representa uma ampliação importante do público atendido.
Outra mudança significativa é o aumento da cota de financiamento. A Caixa volta a financiar até 80% do valor do imóvel na modalidade SAC e 70% na modalidade PRICE. Na prática, o comprador precisará dar uma entrada menor, de apenas 20% do valor total do imóvel, tornando o crédito mais acessível. Antes dessa mudança, o limite era de 70%.
Esses ajustes têm impacto direto na oferta de crédito e devem gerar R$ 3 bilhões adicionais em financiamentos apenas em 2025, segundo estimativas do banco.
O que motivou as mudanças
As novas condições foram possíveis graças à alteração nas regras de direcionamento da poupança e ao uso mais eficiente dos recursos do FGTS. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma resolução que redefine as regras do crédito imobiliário, permitindo que os bancos utilizem parte dos depósitos compulsórios para ampliar o volume de financiamentos. A medida pode elevar as operações em mais de R$ 50 bilhões, fortalecendo ainda mais o setor.
Durante o anúncio oficial, realizado em São Paulo, o presidente da Caixa, Carlos Vieira, destacou que este é um “momento de virada” para o mercado imobiliário. Ele enfatizou o papel estratégico da construção civil como motor da economia brasileira e reforçou a importância de ações conjuntas entre governo e instituições financeiras para ampliar o acesso à moradia.
O olhar do governo sobre a habitação
O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reafirmou o compromisso do governo em oferecer condições dignas de moradia e destacou as dificuldades da classe média para adquirir um imóvel. Lula mencionou que muitos profissionais com rendimentos entre R$ 8 mil e R$ 10 mil por mês não se enquadram nas faixas mais baixas do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), mas ainda enfrentam obstáculos para financiar um imóvel. O objetivo das novas medidas é justamente equilibrar esse cenário, oferecendo soluções de crédito que atendam diferentes perfis de renda.
Caixa segue líder no crédito imobiliário
A Caixa continua sendo o principal agente do crédito habitacional no país, com 66,8% de participação de mercado em junho de 2025. Em 2024, o banco registrou R$ 223,6 bilhões em contratações, o maior volume da história. No primeiro semestre de 2025, o saldo da carteira de crédito atingiu R$ 875,5 bilhões, com mais de 369 mil imóveis financiados.
No programa Minha Casa, Minha Vida, a Caixa viabilizou mais de 99% dos financiamentos, consolidando sua posição de liderança no setor habitacional e reforçando seu papel social na promoção do desenvolvimento urbano e na redução do déficit habitacional.
O que isso significa para quem quer comprar um imóvel
Com o aumento do teto do SFH e da cota de financiamento, os compradores têm agora maior poder de compra e menor necessidade de capital próprio. Em outras palavras, o sonho da casa própria ficou mais próximo.
Além disso, as mudanças tendem a aquecer o mercado imobiliário como um todo, beneficiando construtoras, incorporadoras, corretores e investidores. A expectativa é de crescimento nas vendas e novos lançamentos, especialmente nas faixas de médio e alto padrão.
Em resumo
Antes: A Caixa financiava até 70% do valor do imóvel (desde novembro de 2024).
Agora: A partir de novembro de 2025, o percentual voltou a ser de 80%.
Na prática: O comprador precisa dar apenas 20% de entrada.
Por que mudou: O novo modelo de crédito imobiliário lançado pelo governo permite maior uso dos recursos da poupança e do FGTS, ampliando a capacidade dos bancos de financiar imóveis.
Conclusão
As novas medidas representam uma excelente notícia para quem deseja financiar um imóvel e para todo o setor imobiliário. Com mais crédito disponível, regras mais flexíveis e um cenário econômico favorável, o mercado ganha fôlego e as famílias brasileiras ganham mais oportunidades de conquistar o seu lar.
Quer entender como essas mudanças impactam o seu plano de compra ou financiamento? A equipe da Nilo Uebel está pronta para ajudar você a encontrar o imóvel ideal com as melhores condições do mercado.